Parque do Flamengo, recuperado para a Cidade, é uma meta para nós, e uma dívida da Prefeitura para com os cidadãos do Rio.
Há dez anos a Prefeitura vem permitindo a “apropriação” privada de uma das partes mais bonitas do Parque: a área denominada Marina da Glória.
Muro da exclusão- População sem acesso à Marina da Glória |
Neste ano, foi a única área do Parque que não recebeu a Cúpula dos Povos, embora seja a área mais apta a isso, já que recebe inúmeros eventos, e já anuncia receber, em setembro, mais uma vez, o evento de motocicletas Harley-Davidson !
Há tanto tempo cercada, faz com que uma criança, que tenha dez anos de idade, e frequente o Parque, pense que aquele pedaço de terra é algum clube particular. Não é, mas funciona com tal.
É essa a estratégia: levar tempo suficiente para que as pessoas esqueçam do que aquela parte do Parque realmente é: um pedaço de um Parque Público, indivisível, insusceptível de apropriação privada.
Nesta segunda-feira, dia 25, estarei em Brasília, como palestrante do Seminário Internacional de Gestão do Patrimônio Público, falando sobre a “Função Social e ambiental da propriedade pública e seus desdobramentos”, promovido pela Secretaria (nacional) do Patrimônio da União.
Falarei, e mostrarei as fotos abaixo, que demonstram a cabal necessidade de se concretizar, de fato, e em cada pedaço de terra pública, o compromisso inexorável da Administração Pública em sua preservação para uso público, ambiental e social!
No Parque do Flamengo, o muro da “vergonha”, como é popularmente hoje chamado, é a mais feia cicatriz da exclusão social em uma área pública de lazer, em favor de um interessado privado, hoje uma empresa do grupo EBX!
Abaixo as fotos tomadas no evento de fora “Cúpula dos Povos”, e como as áreas internas foram excluídas do evento do Rio +20!
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