A foto mostra o aterramento da Baía da Guanabara nos anos 50. Se fosse hoje, seria um crime ambiental, óbvio. Lota salvou a Cidade desta vergonha ambiental e fez do Aterro (como alguns ainda insistem em chamar a área) em um Parque - o Parque do Flamengo.
Vê-se, com clareza, o tamanho do que foi tomado das águas, para fazer pistas de rolamento.
Isso porque a primeira proposta da obra era tão somente a construção de oito pistas rodoviárias para viabilizar a ida da Zona Sul da Cidade do Rio para o Centro.
Felizmente, o sonho visionário de Lota de Macedo Soares determinou que esta pedisse ao amigo, o então Governador Carlos Lacerda, que lhe "desse" o trabalho, gratuito, de transformar aquela aridez em um excepcional Parque urbano.
O projeto do Parque do Flamengo foi desenvolvido por uma equipe de profissionais excepcionais, capitaneada, no projeto urbanístico por Affonso Reidy e, no projeto paisagístico, por Burle Max.
Quando se luta para se conservar o projeto original do Parque tombado, se está lutando para escapar do obscurantismo de transformar áreas verdes em áreas construídas, como o que está sendo executado na área do Parque denominada Marina da Glória, por um projeto privado da BR Marinas, aprovado pela Prefeitura do Rio e pela presidência do IPHAN.
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