Crédito: Genilson Araújo |
E a Secretaria aprovou? Com parecer de qual técnico? Ou foi por ordem de autoridade superior sem parecer técnico? Teria o IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) aprovado este desmando em área tombada e que tem o seu projeto original também tombado?
Teria autorizado este corte de árvores em um Parque que é ponto de destaque no mapa enviado à Unesco para que o Rio recebesse o título de Paisagem Cultural Mundial? Estariam enganado a Unesco, já que até hoje não foi encaminhado àquele órgão o plano de gestão da Paisagem Cultural Mundial?
Será que os Conselheiros do IPHAN compactuam com o que está acontecendo no Parque: motosserras, movimento de terra, fechamento de áreas públicas?
Que convoquem uma reunião de emergência e digam à sociedade carioca, fluminense e brasileira se aprovaram ou não esta barbaridade e, caso não tenham compactuado com isso, que coloque-se os pingos nos "is" e determinem o embargo das obras imediatamente. Isso para que não chorem sobre o "leite derramado", como fizeram no caso da derrubada do Maracanã.
Sem consulta à sociedade - Não é verdade o afirmado pelo Sr. Washington Fajardo, na matéria citada, que a sociedade foi consultada. Ele, a direção do IPHAN no Rio e em Brasília, e o Governo da Cidade sabem, muitíssimo bem, que a FAM-RIO oficiou no processo administrativo pedindo que se realizasse uma audiência pública para que se desse conhecimento à sociedade sobre o projeto, cumprindo assim o decreto de participação social da Presidente da República.
Sequer houve qualquer resposta à Federação de Associações de Moradores do Rio, até que a Presidente do IPHAN, em tempo recorde, autorizasse, por carta, o início das obras! Só então responderam que seria a Prefeitura que deveria realizar a consulta. O que não foi feito! Uma vergonha afirmações tão inverídicas feitas com tanta leviandade!
Isso foi matéria do nosso blog amplamente divulgado. Só não estava escrito no processo administrativo do IPHAN, cuja cópia divulgaremos nos próximos dias, o corte de 298 árvores no Parque do Flamengo.
Vamos dar clareza às responsabilidades e ver quem se manifestou pró ou contra, e quem assinou o quê, em benefício de quem. Vamos ver o que diz o Ministério Público Federal, a Justiça Federal, o Conselho do IPHAN, a Unesco e todas as autoridades que devem ter seu pedaço de participação neste processo.
Para que, no futuro, não digam como de costume: eu não sabia....
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