EBX/Eike e o futuro do Parque do
Flamengo/Marina da Glória
Ler o artigo do jornalista e geólogo; ex-professor da USP e
da UFMG; ex-presidente da Companhia Paulista de Força e Luz – CPFL Everaldo
Gonçalves é importante para sabermos que uma fatia de um hectare de terras
públicas não pode (e não deve) ser `cedido` a empresas com qualquer suspeita de
insolvência!
“Eike
está tecnicamente `quebrado´. As empresas do Grupo X devem mais que o valor do
patrimônio. Em março corrente suas ações em Bolsa valiam R$ 8 bilhões e as
dívidas passavam de R$ 16 bilhões, sem levar em conta as da holding EBX
(com capital fechado) e dívidas pessoais do controlador.
O
maior credor e investidor é o BNDES, com R$ 6 bi e mais R$ 3 bi em vias de ser
aprovado para a MMX, com dinheiro do Fundo de Amparo ao Trabalhador – FAT.
O
segundo é a Caixa Econômica Federal (CEF), com R$ 2 bi, com R$ 0,7 bi do Fundo
de Garantia do Trabalhador – FGTS; a seguir os Bancos Itaú, com R$ 1,46 bi; o
Bradesco, com R$ 1,25 bi; o Santander R$ 0,68 bi; e, o BTG-Pactual, com pelo
menos R$ 2 bi, mas diante do risco, igual ao agiota, tomou o controle das
empresas, pois quem parte reparte e fica com a maior parte.
O
magnata, que detinha 70% do capital, com a nova administração, poderá ficar com
20%, ou menos.
Falta
apurar bônus e dívidas com os bancos estrangeiros e com a Receita Federal.
As
IPOs do Grupo X levantaram em nossa Bolsa, cerca de R$ 26 bi. Portanto, o
governo ajuda na gastança de seu único filho pródigo, mais que quatro anos da
Bolsa Família (R$ 11,5 bi, em 2011), que tirou da miséria absoluta milhões de
brasileiros.
O
espectro que assombra o capitalismo
Ora,
como é possível que apenas este escriba tenha visto que o rei está nu? Extrai
pouco petróleo, com custo maior que a receita. Vende papéis de minas virtuais,
portos complicados sem calado e todo mundo calado.
Tudo é uma farsa, propaganda mística inglória, seja no nome, no Hotel inacabado
ou na Marina, cujas obras as empresas X pintam qual o batom de sua marca falida
e bordam no fracassado iate Pink Fleet.
E
ainda quer doar à Marinha o barco que está à deriva na orla do Rio de Janeiro,
com a logomarca do sol inca e o lema na proa: Spirit of Brazil.
Viva Marx! É o novo espírito do capitalismo, sem capital. Numa década (do
primeiro governo Lula, em 2005, ao terceiro ano do governo Dilma, 2013) houve
uma assustadora ascensão das empresas X, seguida de violenta queda da fortuna
virtual de Eike Batista. Inclusive, galgou o topo da relação nacional de ricos
e a sétima na lista mundial.
Não!
Não, isso não é possível ser feito com trabalho honesto, nem com negócios
lícitos. Seria a total desmoralização do princípio elementar do capitalismo:
dinheiro gera dinheiro, com o trabalho alheio.
Do nada, o especulador mineral, usando da lei de acesso ao subsolo pátrio,
livre ao primeiro requerente de uma área não onerada, ou por compra de direitos
e de expectativa de direitos minerais, pode de fato fazer fortuna.
Pura
apropriação da acumulação primitiva do capital. Porém, a mineração, qualquer
garimpeiro sabe, é uma atividade de risco, que aumenta na atividade
empresarial, nas mãos de neófitos sem capacidade técnica.
Por
isso, além de um emaranhado de X, as empresas se tornaram as incógnitas desta
equação em que a conta não fecha. Em 2010, cada ação da OGX valia R$ 23,00,
agora, em 04 de março de 2013, entrou em liquidação nas lojas de R$ 1,99. O
mercado cria e destrói os mitos!
O começo da malandragem
O
negócio de mineração de Eike Batista começou – conforme consta no livreco `O X
da Questão`, que pagou para escreverem para ele – intermediando a venda de
diamante em Antuérpia e atuando na compra de ouro azougado na Amazônia.
Mercados exclusivos de contrabandista.
Qualquer um pode desafiar Eike a mostrar
notas fiscais compatíveis com o dinheiro que alega ter ganhado neste mercado
negro. Inclusive, Eike Batista contou do roubo de 500 mil dólares, sem apontar
o Boletim de Ocorrência – BO, e a contabilização do empréstimo, do novo
empréstimo de igual valor e do pagamento do primeiro milhão de dólares.
Tampouco há inquérito policial do tiro que levou nas costas por causa desse
roubo, pois não justifica alegar que, neste caso, o outro tem cem anos de
perdão.
Cortina de fumaça
Cortina de fumaça
Logo
veio a praga de índio, com os primeiros seis milhões de dólares tirados no
garimpo, com o suor do trabalho de famélicos, desclassificados do ouro.
Eike
Batista era o rei do garimpo, responsável pela compra de boa parcela do ouro do
Rio Tapajós. É criminoso confesso da poluição pelo mercúrio usado na proporção
de uma até quatro vezes em cada quilo de ouro recuperado no garimpo.
A
fumaça de mercúrio sublimado era tal que em plena floresta havia nevoeiro do
tipo do fog londrino. O índio ficava assustado com o milagre, com medo de ver
transformado – o silvícola, agora, já conhecia o poder do ouro – todo o metal
amarelo em espírito maligno.
Daí
veio a maldição do Pajé, segundo o folclore nas rodas de garimpo, que tudo que
Eikeguera usa nome indígena dá azar. Podem verificar: Biguaçu, Peruíbe,
Itaguaí, Itatiaiuçu, Açu, Waimea e vai por aí.
Testa-de-ferro e o primeiro bilhão
Testa-de-ferro e o primeiro bilhão
A
fortuna fácil, depois do primeiro milhão, veio com a parceria com as
multinacionais, Anglo American e a Rio Tinto, nas minas que a `Constituição
Cidadã` (1988) vedou ao capital estrangeiro exclusivo.
A
antiga prática de usar testa-de-ferro na mineração ficou provada quando Eike
Batista açambarcou áreas marginais do metal, na região da Reserva Ecológica da
Serra do Cipó – MG, incorporadas na MMX.
Vendeu
na planta as futuras jazidas para a Anglo American, por 5,5 bilhões de dólares,
conforme o balanço de 2007.
Porém,
no caixa da empresa entrou só U$ 704 milhões, parte do sinal de U$ 1.15 bi e o
restante, caso fosse mantido o interesse, deveriam ter sido pagos em 2009.
No
balanço deste ano, não aparece a entrada do dinheiro, mas, conforme havia sido
previsto em 2007, seria constituída a empresa Newco, com troca de ações.
Entretanto,
surgem outras empresas, a IronX, Centennial Asset Minning Fund LLC
e `Anglo American plc`, com sede num notório paraíso fiscal, o estado
norte-americano de Delaware.
Neste
estado, o segundo menor dos Estados Unidos, com apenas 850.000 habitantes,
contadores alugam escritórios para sede de empresas que, quando não produzem no
país, não precisam pagar imposto, nem apresentar balanço.
Portanto,
é estranho, uma empresa nacional, com sócio controlador brasileiro, precisar
receber o pagamento das concessões minerais brasileiras por parte de empresa
inglesa constituída aqui, com outra filial na África do Sul, com nova filial
nos EUA, sem vínculo com os interesses da venda.
A Receita Federal, em janeiro de 2013, numa campanha contra grandes sonegadores, autuou a MMX, por irregularidades contábeis cometidas em 2007, na astronômica cifra de R$ 3,78 bilhões.
A Receita Federal, em janeiro de 2013, numa campanha contra grandes sonegadores, autuou a MMX, por irregularidades contábeis cometidas em 2007, na astronômica cifra de R$ 3,78 bilhões.
Não pode ser pela sonegação de imposto
sobre a venda de minério, pois este tributo é estadual e diferido no produto
exportado. Ademais, a empresa não era e não é grande produtora de minério e tem
dado prejuízos crescentes (R$ 792,4 milhões em 2012). O lucro da MMX ocorreu
apenas em 2007 (R$ 400 milhões), quando contabilizou a entrada da venda para os
ingleses.
Então, uma vez que nos balanços posteriores não aparece a complementação do pagamento feito pela Anglo American, a multa, tudo indica, foi atribuída por constatar a sonegação da maior parte dos 5,5 bilhões de dólares da transação, mais ou menos 11 bilhões de reais, sobre os quais incide o imposto da ordem de 34%, mais multa e correção. Não pagar tributos pode não ser crime, mas sonegar, após ter sido declarado no balanço e na mídia, é complicado.
Negócio para inglês ver
Para piorar a situação, há denúncias, bem fundamentadas, de que a venda, em vez de ter sido uma esperteza, como `um negócio da China`, na verdade foi `negócio para inglês ver`.
Então, uma vez que nos balanços posteriores não aparece a complementação do pagamento feito pela Anglo American, a multa, tudo indica, foi atribuída por constatar a sonegação da maior parte dos 5,5 bilhões de dólares da transação, mais ou menos 11 bilhões de reais, sobre os quais incide o imposto da ordem de 34%, mais multa e correção. Não pagar tributos pode não ser crime, mas sonegar, após ter sido declarado no balanço e na mídia, é complicado.
Negócio para inglês ver
Para piorar a situação, há denúncias, bem fundamentadas, de que a venda, em vez de ter sido uma esperteza, como `um negócio da China`, na verdade foi `negócio para inglês ver`.
Não há concretude na operação. A Anglo American argumenta que
precisava, urgente, de uma grande mina de ferro – as ocorrências compradas não
são magníficas e vai demorar para produzir –, que surge do nada. Lembra um
conto de fada, semelhante à lavagem e expatriação de dinheiro gerado nas minas
da África do Sul.
Faz sentido. Acabado o apartheid, com o presidente Nelson
Mandela as empresas colonialistas temiam pelo óbvio, o verdadeiro black-power,
a nacionalização das minas da África do Sul. O perigo continuou com Jacob Zuma.
O
trabalho desumano nas minas precisava cessar.
A
Anglo American é o melhor exemplo da usurpação da acumulação primitiva do
capital.
Desde
1917, apropriou-se do ouro, diamante, platina, cromo, cobre e do ferro. Por
isso, temia a expropriação de suas minas e a nacionalização parcial ou total
das empresas.
Todas
as empresas nesta situação procuraram formas de expatriar dinheiro. Logo, não é
impossível que tal tenha ocorrido com o auxílio do Midas brasileiro.
A
Anglo American neste caso, em vez de ter sido enganada, por ter pagado mais do
que valia a futura mina, conforme voz corrente no mercado, teria usado o
parceiro como `laranja` para expatriar a mais-valia. Então, Eike Batista, teria
recebido, pelo serviço prestado, o seu primeiro bilhão de reais.
Com
parte do dinheiro arrecadado na operação `Serra do Sapo` – a principal
ocorrência da negociação, com pouco minério de alto teor de ferro (65%),
razoável quantidade de minério friável de ferro de baixo teor (itabirito mole)
e grande quantidade de itabirito duro, que ainda não é considerado minério –
Eike Batista comprou pela MMX, na Serra do Itatiaiuçu - MG, várias concessões
minerais.
No
balanço de 2007, estão indicadas as aquisições das Empresas AGV e Minerminas
(U$ 224 milhões), e da Usiminas (U$ 115,6 milhões) no total de U$ 339,6
milhões.
Tais
valores são elevados para minas cujo minério rico já foi extraído, com pátios e
barragens com material ferrífero de granulação fina descartado na época.
Agora,
Eike Batista, está relavrando despojos e divulga que possui: `as maiores, as
melhores e as mais bem localizadas jazidas do Quadrilátero Ferrífero`.
Únicas,
inclusive com logística, com contrato com ferrovia e porto próprio em Itaguaí,
na Baía de Sepetiba - Guanabara.
Portanto,
se Eike Batista com menos de 10% da operação, comprou `minas melhores` a venda
é outro X da questão.
Também não são maravilhas, pois estavam abandonadas, mas,
com os rejeitos, já está produzindo 4 milhões de toneladas/ano e planeja chegar
a 40 milhões.
Projeto maior que o da Anglo American, que pretende exportar 26
Mta., com investimentos de mais U$ 8 bilhões, para preparar as minas, o
mineroduto de 525 km e ver se consegue terminar o Terminal S-1 no Porto Açu.
Há
um impasse no porto, previsto para entrar em operação em 2010, mas as suas
obras precisam de mais dois anos para concluir o quebra-mar (calado de 18
metros), com necessidade de dragar um longo canal (com 26 m de profundidade)
continuamente, se quiser operar com navios chinamax (300 mil toneladas ou maiores).
Para confirmar o preço inflacionado da venda das concessões minerais, na mesma região, no Morro do Pilar, com semelhante potencial de ocorrências de ferro , em março de 2013, foi divulgado o projeto de mesma dimensão, com menor custo, da Mineradora Manabi, que adquiriu por R$ 546 milhões ativos minerais da empresa Morro do Pilar Mineração.
Para confirmar o preço inflacionado da venda das concessões minerais, na mesma região, no Morro do Pilar, com semelhante potencial de ocorrências de ferro , em março de 2013, foi divulgado o projeto de mesma dimensão, com menor custo, da Mineradora Manabi, que adquiriu por R$ 546 milhões ativos minerais da empresa Morro do Pilar Mineração.
Quanto
ao Porto Sudeste, neste local havia uma pedreira abandonada. Eike precisava de
mais de 2 milhões m³ de rocha para o quebra-mar do Porto Açu, onde, por ser
praia grande, não possui material adequado, nas proximidades.
Tentou
extrair a pedra em Itaguaí, mas depois foi buscar ao norte, a 60 kms de
distância, que devido a tanto caminhão na estrada teve de fazer um viaduto e os
veículos pesados têm de passar por dentro da cidade.
Com
isso os preços foram lá para o céu.
Foi
deste modo, com o TS-1 no Porto Açu indefinido, que Eike resolveu fazer o TS-2.
Junto à praia, com necessidade de dragagem de um longo canal, com uso de
caixões de areia, em parte das laterais, que também servem de quebra-mar, para
este puxadinho.
A pedreira de Itaguaí, uma ideia luminosa de Eike, num passe de mágica, por um túnel para facilitar o acesso ferroviário, virou Porto Sudeste. Porém, nossas ferroviais estão sucateadas e não há como assegurar que não vai ter vagão de minério descarrilhado no caminho.
A pedreira de Itaguaí, uma ideia luminosa de Eike, num passe de mágica, por um túnel para facilitar o acesso ferroviário, virou Porto Sudeste. Porém, nossas ferroviais estão sucateadas e não há como assegurar que não vai ter vagão de minério descarrilhado no caminho.
A
estrada de ferro de Minas para Rio ou São Paulo, vagão carregado usa o ramal da
mal lembrada Ferrovia do Aço e no retorno o leito da velha ferroviária Central
do Brasil.
Há mais ferrovia: a antiga Estrada de Ferro Leopoldina (arrematada
por Eike Batista), não é nem lembrada.
O gargalho de logística não está nos portos e, sim nas ferrovias. Em Porto Açu, não foi construído nada de concreto para ligar com a Ferrovia Vitória Minas ou ao Sul com a Rio-Minas. E, quanto tempo vai precisar para fazer 40 km de ferrovia e alargar a bitola da Ferrovia Centro-Atlântica – FCA?
O gargalho de logística não está nos portos e, sim nas ferrovias. Em Porto Açu, não foi construído nada de concreto para ligar com a Ferrovia Vitória Minas ou ao Sul com a Rio-Minas. E, quanto tempo vai precisar para fazer 40 km de ferrovia e alargar a bitola da Ferrovia Centro-Atlântica – FCA?
E
o petróleo e gás? É uma brincadeira de menino rico. Pode alguém que nunca viu
petróleo entrar no mercado desafiando a Petrobras e os mesmos trustes que
acabaram com o nosso Monteiro Lobato e fazem as guerras no mundo?
Não
foi preciso nem boicotar a OGX, pois a inexperiência é total e o peixe morre
pela boca.
Do
quadrilátero ao octógono e as barras de ferro
Meus
compatriotas e senhoras idosas dos Fundos de Pensão estrangeiros que
acreditaram na lábia de Eike Batista: eu fico indignado, com o engodo e o
prejuízo do Erário e de investidores.
Pois,
de graça, sem ter nada contra o Eike Batista, como profissional da Geologia e
cidadão tenho mostrado a fragilidade dos projetos das empresas do Grupo X.
O
prejuízo nos balanços de 2012 é preocupante e pode abalar o capitalismo: OGX –
R$ 1.138,7 milhões (petróleo e gás); MMX – R$ 792,4 milhões (mineração); MPX –
R$ 434,2 milhões (energia); OSX – R$ 26,3 milhões (construção naval).
É
triste constatar que o porto de Santana no Amapá, que Eike, com sua mineradora
MMX, `modernizou` e vendeu para a Anglo American, literalmente desabou, em 28
de março de 2013, provocando pelo menos seis mortes e enormes prejuízos
financeiros.
Improviso que os ingleses vão `pagar o pato`.
A
Anglo American, de fato, nos últimos anos, vinha – com elevados custos –
diminuindo o índice de acidentes em suas minas no mundo, cujo programa acaba de
sofrer um duro golpe.
Este
porto operava, desde 1953, nas barrancas do Rio Amazonas, para navios de 40.000
t de minério de manganês, da exaurida mina da Serra do Navio.
Eike
Batista havia conseguido os direitos minerais de pequenas ocorrências de ferro,
assim como a Estrada de Ferro da ICOMI, que foi leiloada e o Porto de Santana.
Este
projeto da MMX foi alvo da `Operação Midas`, da Polícia Federal que quase levou
Eike Batista à prisão. A Anglo American recebeu este projeto no pacote das
minas de ferro e estava tentando sair fora, mas o acidente complicou a
situação.
É
o exemplo de atuação profissional de Eike Batista, pois o porto foi ampliado,
sem estrutura, passando para escala de minério de ferro, que implica volume
maior de estocagem e carga no pátio.
O
peso das pilhas de minério fez deslizar o porto e ajuda a colocar no mercado o
Eike Batista na corda bamba como os pilares da ponte do Porto Açu.
Entretanto,
os analistas não viram nada de irregular nos projetos do Grupo X, mesmo os
especialistas de bancos particulares, de corretoras, da CVM e particularmente,
da CEF, do BNDES e dos Fundos de Pensão. Incrível!
Projetos
vendidos como sólidos e bons exemplos de administração e arrojo empresarial, de
repente desmancham no ar. Alguns projetos poderiam dar certo, mas no estilo do
Senhor X, tudo pode entrar em falência.
O
Brasil não merece, nem suporta golpe de tamanha grandeza, tampouco o mercado.
Agora,
bateu o desespero, o conselheiro da roda da fortuna fácil, empresário com visão
de 360°, o brasileiro mais rico do pobre País, com promessa de chegar ao topo
mundial, está na lona do octógono, que patrocina as lutas de UFC, sangrando a
ponto de mostrar as vísceras e perder a peruca.
O
mercado acordou tarde e o `Governo do Trabalhador´, não pode usar o dinheiro do
trabalhador, mal guardado no FGTS e no FAT, para tentar salvar o inimigo número
um de quem trabalha.
Exige-se
uma manifestação da CVM, dos Bancos Oficiais, da ANP, da ANTAQ, do DNPM, dos
Poderes Executivo, Legislativo, Judiciário e do Ministério Público.
Volta
à luta, Luísa!”
*Jornalista
e geólogo; ex-professor da USP e da UFMG; ex-presidente da Companhia Paulista
de Força e Luz – CPFL.
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