Ao alto: Destaque exclusivo da estrutura segundos antes do acidente |
O desastre que aconteceu no último sábado, 24, na área do Parque do Flamengo/Marina da Glória não é algo casual ou fruto da força maior do destino.
Ele foi e é de responsabilidade dos gestores daquela área pública, explorada até às entranhas pelo contratado privado, hoje o grupo EBX, do empresário E.Batista. Dele resultou a morte de uma pessoa, e ferimento de outras duas.
E por que aconteceu? Aconteceu por consequência da ganância e da imperícia daqueles que exploram este bem público, somada à complacência das autoridades federais e municipal que permitem que isso aconteça.
Será que este desastre acordará os responsáveis e fará com que eles tomem a atitude que se espera deles? Vamos cobrar...
O Governo Municipal é complacente por permitir e autorizar mega equipamentos provisórios, dentro de um parque público, declarado paisagem cultural mundial, subtraindo e destruindo parte substancial do parque e obstaculizando suas funções de lazer e de acesso público irrestrito.
O Governo Federal é triplamente responsável: por fazer vista grossa aos desmandos do Governo Municipal, complacente com o contratado - a EBX - na gestão daquela parte do Parque.
O órgão de preservação do Patrimônio - o IPHAN - não reage à altura do dano ao patrimônio mundial, a Secretaria de Patrimônio da União faz vista grossa à apropriação privada deste bem público e ministérios federais (no caso o do Desenvolvimento Agrário) ainda dá dinheiro público para que isso aconteça.
Tudo tem um objetivo último: de fazer com que a população esqueça de que a chamada área da Marina da Glória é uma área integrante, e indivisível de um bem público indivisível - o Parque do Flamengo - bem de uso comum do povo, e patrimônio cultural não só do povo carioca, fluminense, brasileiro, como também mundial.
Quem ama, cuida. Amamos?
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